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29.10.202515:15 Forex Analysis & Reviews: O que esperar do Federal Reserve: dois cenários básicos

Hoje, o Federal Reserve conclui sua reunião de dois dias, a penúltima do ano. Embora os resultados formais da reunião de outubro estejam amplamente precificados, os mercados continuam a especular sobre a intriga em torno das próximas ações do Fed.

À medida que a sessão de negociação americana se encerra, o Federal Reserve enfrenta circunstâncias sem precedentes: é a primeira vez em seis anos que seus membros se reúnem em meio a um fechamento do governo que já dura 29 dias, apenas cinco dias abaixo do recorde histórico.

Diferentemente da reunião de janeiro de 2019, quando o banco central manteve inalterados todos os parâmetros, hoje o mercado espera amplamente que o regulador reduza a taxa dos fundos federais em 25 pontos-base. Esse é o cenário-base — e também o mais provável, com os futuros de taxas atribuindo 99,9% de probabilidade à sua concretização.

Exchange Rates 29.10.2025 analysis

Os resultados formais da reunião de outubro já parecem totalmente precificados pelo mercado. Os traders incorporaram um corte de 25 pontos-base há cerca de duas semanas, após um discurso relevante do presidente do Fed, Jerome Powell, que expressou preocupação com o enfraquecimento do mercado de trabalho, afirmando que "a redução contínua nas vagas de emprego levará inevitavelmente a um aumento no desemprego". Outros formuladores de política, como Stephen Miran, Christopher Waller e Michelle Bowman, também sinalizaram apoio a mais afrouxamento monetário, reforçando as expectativas de um corte.

Em essência, um corte de juros em outubro parece garantido. Consequentemente, os traders podem optar por ignorar o anúncio formal e concentrar-se na declaração acompanhante e na retórica de Jerome Powell. A principal dúvida do mercado agora é como o Fed sinalizará seus próximos passos, e três cenários principais se destacam.

1. Corte "hawkish"

Na minha avaliação, este é o cenário mais provável: o regulador reduzirá a taxa básica em 25 pontos-base, mas evitará sinalizar um novo corte em dezembro. O Fed deverá adotar um tom cauteloso, reforçando que as decisões futuras dependerão dos dados disponíveis — especialmente após o término do fechamento do governo.

No momento, o banco central opera praticamente às cegas, baseando-se apenas no relatório de inflação de setembro. Com outros indicadores oficiais indisponíveis, qualquer previsão categórica seria arriscada. Além disso, nem todos os dirigentes apoiam a postura dovish de Powell. A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, e o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, por exemplo, têm defendido cautela quanto a novos cortes.

A reunião ocorre ainda às vésperas do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, que pode redefinir o rumo das negociações comerciais entre EUA e China. Um eventual impasse poderia reacender o risco de uma guerra tarifária — mais um motivo para o Fed preservar uma posição prudente.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, a probabilidade de um novo corte em dezembro é de 90%. Assim, se o Fed optar por um corte "hawkish" nesta quarta-feira, o dólar pode se valorizar apesar da redução de juros.

2. Corte "dovish"

Trata-se de um corte de 25 pontos-base acompanhado de sinais claros de outro corte em dezembro. Embora menos provável, esse cenário não pode ser descartado. Os defensores dessa tese apontam o relatório de inflação de setembro, que mostrou desaceleração tanto na taxa geral (3,0%, ante previsão de 3,1%) quanto na inflação núcleo (3,0%, após 3,1% em agosto).

No mercado de trabalho, os "doves" destacam o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego. Com o Departamento do Trabalho sem divulgar dados oficiais devido ao fechamento do governo, estimativas privadas do Goldman Sachs, JPMorgan e Citigroup indicam um avanço contínuo nos pedidos — possivelmente refletindo enfraquecimento da demanda por trabalho.

Outro sinal negativo vem do Índice de Confiança do Consumidor do Conference Board, que caiu pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 94,6, o menor nível desde abril.

Assim, o Fed poderia justificar não apenas um corte de 25 bps agora, mas também mais estímulos adiante. Nesse caso, o dólar tenderia a perder força, embora seja improvável que o comitê adote uma postura tão decididamente dovish neste momento.

3. Cenários extremos

Esses são os menos prováveis. O primeiro seria um corte de 50 pontos-base, defendido apenas por Stephen Miran, considerado o mais dovish do comitê. Fora ele, não há apoio significativo a uma ação tão agressiva.

O segundo — manter as taxas inalteradas — também parece improvável, já que Powell praticamente confirmou o corte em seus discursos recentes. O "tom avermelhado" do relatório de inflação eliminou as últimas dúvidas quanto à necessidade de estímulo.

Conclusão

A convicção do mercado de que o Fed fará dois cortes até o fim do ano pode acabar jogando contra os compradores do EUR/USD. Para que o par avance, o Fed precisaria confirmar integralmente essas expectativas — algo improvável diante do fechamento do governo, das negociações Trump–Xi e das divergências internas no comitê.

Nesse cenário, o dólar americano pode sair fortalecido mesmo com o corte de hoje, e o EUR/USD provavelmente continuará oscilando na faixa de 1,1560–1,1730, onde o par se mantém há quatro semanas consecutivas.

*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.

Irina Manzenko,
Analytical expert of InstaSpot
© 2007-2025
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