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A estrutura de ondas no gráfico de 4 horas do EUR/USD manteve-se estável por vários meses, mas nas últimas semanas tornou-se mais complexa. Ainda é cedo para concluir que a seção de tendência de alta foi cancelada; contudo, uma nova queda do euro exigirá ajustes nessa leitura.
A formação da tendência de alta segue vigente, enquanto o cenário de notícias geralmente não favorece o dólar. A guerra comercial iniciada por Donald Trump continua, assim como o confronto com o Federal Reserve. As expectativas de uma postura mais dovish do Fed estão crescendo. O "shutdown" nos Estados Unidos também persiste. O mercado avalia de forma bastante negativa os primeiros 7 a 8 meses do governo Trump, mesmo com o PIB do segundo trimestre tendo alcançado quase 4%.
No momento, pode-se presumir que a onda de impulso 5 continua em formação, com alvos potenciais até o nível de 1,25. Dentro dessa onda, a estrutura é complexa e ambígua; porém, em uma escala maior, a tendência permanece clara. Atualmente, é possível identificar três ondas de alta, indicando que o instrumento está formando a onda 4 dentro da onda 5, em uma estrutura de três ondas que pode já estar concluída. O EUR/USD caiu mais 20 pontos nesta quarta-feira, após perder 55 na terça-feira. A queda na demanda pelo euro pode estar relacionada à crise política na França, amplamente comentada nos últimos dias. No entanto, na minha opinião, a política está sendo discutida mais por falta de outros acontecimentos relevantes, o pano de fundo desta semana é fraco.
Nesta noite, será divulgada a ata da reunião do FOMC, que pode despertar algum interesse, mas os resultados da reunião do Fed, a votação sobre a taxa de juros e a postura geral do órgão já são bem conhecidos. Amanhã, Jerome Powell fará um discurso, mas que comentários poderá fazer se os dados de payroll, desemprego e inflação não foram divulgados devido ao shutdown nos EUA? Certamente, Powell ainda pode surpreender, seja reforçando o compromisso do Fed com o afrouxamento monetário, já que um único corte de juros não seria suficiente para estimular o mercado de trabalho — ou admitindo que, sem dados econômicos, o banco central não pode tomar decisões equilibradas sem prejudicar a economia. Por enquanto, isso permanece um mistério.
Na manhã de hoje, a Alemanha divulgou seu relatório de produção industrial, mostrando uma queda recorde de 4,3% em agosto. O euro já vinha caindo antes da divulgação, como se o mercado tivesse antecipado o resultado. Após a publicação, a queda cessou momentaneamente; porém, de forma geral, a demanda pelo instrumento continua em declínio, o que entra em conflito com a estrutura atual de ondas.
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua formando uma seção de tendência de alta. A estrutura de ondas ainda depende inteiramente do cenário de notícias relacionadas às decisões de Donald Trump, bem como das políticas internas e externas da administração da Casa Branca. As metas da atual seção de tendência podem alcançar o nível de 1,25. No momento, está em formação a onda corretiva 4, que pode estar próxima da conclusão. A estrutura altista permanece válida. Portanto, no curto prazo, considero apenas oportunidades de compra. Até o final do ano, espero que o euro atinja 1,2245, correspondente ao nível de Fibonacci de 200,0%.
Em uma escala menor, toda a seção de tendência de alta continua visível. A estrutura de ondas não é das mais tradicionais, já que as ondas corretivas variam em tamanho. Por exemplo, a onda 2 maior é menor que a onda interna 2 da onda 3 — algo que também pode ocorrer dentro da teoria de Elliott. Vale lembrar que é preferível identificar estruturas claras nos gráficos, em vez de tentar contabilizar cada pequena onda. Atualmente, a estrutura de alta quase não apresenta dúvidas.
*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.
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