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O par EUR/USD não apresentou movimentos significativos na maior parte da terça-feira. Pela manhã, a União Europeia e a Alemanha divulgaram praticamente os únicos dados macroeconômicos relevantes da semana. Como tem sido frequente ultimamente, os resultados foram contraditórios: os índices de atividade industrial caíram novamente e ficaram abaixo da linha neutra de 50,0, enquanto os índices do setor de serviços subiram e superaram as previsões. No conjunto, o efeito foi neutro, e o mercado permaneceu praticamente inalterado.
O euro segue em tendência de alta, embora ainda fraca. O preço continua recuando e rompendo repetidamente a média móvel, o que pode confundir alguns traders. No entanto, após mais de um mês nesse padrão, os participantes do mercado já parecem acostumados a esses movimentos. Uma nova consolidação acima da média móvel poderia indicar o início de uma nova onda de alta acima da máxima local anterior.
De modo geral, não há grandes mudanças na análise do EUR/USD. O dólar americano continua sob pressão, mesmo que a perda de terreno tenha sido relativamente lenta nos últimos meses. A maioria dos fatores fundamentais globais ainda atua contra a moeda norte-americana.
O ponto-chave no momento continua sendo a divergência das taxas de juros entre o BCE e o Fed, que deve se ampliar nos próximos meses e anos. Se o dólar já enfraquecia mesmo quando o BCE praticava afrouxamento monetário, o que esperar quando o próprio Fed começar a cortar juros?
O único fator que poderia favorecer temporariamente o dólar seria uma decisão da Suprema Corte, prevista para o início de novembro, que poderia bloquear a maioria das tarifas impostas por Donald Trump. Isso poderia encerrar a guerra comercial, mas por quanto tempo? Trump ainda poderia restaurar tarifas com base em outras leis, adiando o desfecho. Em nossa avaliação, a guerra comercial não terminará facilmente — assim como o embate com o Fed.
O Fed tem menos flexibilidade do que a Suprema Corte. Os membros do Comitê de Política Monetária se aposentarão gradualmente, enquanto Trump pode influenciar o comitê ao longo do tempo. Assim, ele pode ter vantagem nesse front, mas provavelmente só a partir de 2026.
Portanto, até novembro, o dólar tende a se manter relativamente estável, embora continue pressionado pelo afrouxamento monetário do Fed. No gráfico diário, observa-se que o EUR/USD vem subindo há nove meses consecutivos, quase sem correções. No momento, não há sinais de fortalecimento significativo do dólar americano.
A volatilidade média do par EUR/USD nos últimos cinco dias de negociação, em 24 de setembro, foi de 78 pontos, classificada como "média". Espera-se que o par oscile entre 1,1720 e 1,1876 nesta quarta-feira. O canal de regressão linear superior permanece direcionado para cima, indicando que a tendência de alta continua vigente. O indicador CCI entrou na zona de sobrecompra na semana passada, o que pode ter provocado uma nova rodada de correção para baixo. Atualmente, observa-se a formação de uma nova divergência altista.
Níveis de suporte mais próximos: S1 – 1.1719 S2 – 1.1597 S3 – 1.1475
Níveis de resistência mais próximos: R1 – 1.1841 R2 – 1.1963
Recomendações de negociação: O par EUR/USD iniciou uma nova onda corretiva; ainda assim, a tendência de alta permanece intacta, visível em todos os períodos gráficos. O dólar continua fortemente influenciado pelas políticas de Donald Trump, que ainda podem impactar o mercado. Após um período de valorização de cerca de um mês, o dólar parece pronto para uma nova rodada de queda prolongada.
Pontos de venda: se o preço permanecer abaixo da média móvel, posições de venda podem ser consideradas, com alvos em 1,1719 e 1,1597.
Pontos de compra: acima da média móvel, as posições de compra permanecem relevantes, com alvos em 1,1876 e 1,1963, em linha com a tendência de alta.
Explicações sobre as ilustrações:
*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.
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