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O padrão de ondas do GBP/USD continua a indicar a formação de um movimento impulsivo de alta. A configuração das ondas é quase idêntica à do EUR/USD, já que o dólar americano permanece o principal fator determinante. A demanda pelo dólar está caindo de forma generalizada, o que faz com que muitos pares apresentem comportamentos semelhantes. A onda 2 da tendência de alta assumiu a forma de uma única perna corretiva. A suposta onda 3 parece convincente e possivelmente concluída, razão pela qual agora espero a formação de uma estrutura corretiva.
É importante lembrar que a situação atual no mercado cambial está fortemente influenciada pelas políticas de Donald Trump — não apenas as relacionadas ao comércio. Embora dados econômicos razoáveis surjam ocasionalmente nos EUA, o mercado continua focado na incerteza geral da economia, nas decisões e declarações contraditórias de Trump e na postura hostil e protecionista da Casa Branca. Como resultado, o dólar precisa de muito mais força para traduzir até mesmo notícias positivas em aumento significativo da demanda no mercado.
O par GBP/USD permaneceu praticamente estável na quarta-feira, apesar da divulgação de relatórios relevantes. No início do dia, o Reino Unido divulgou seu relatório de inflação, que acabou sendo ainda mais interessante e significativo do que o relatório comparável dos EUA divulgado no dia anterior. Vale lembrar que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA subiu para 2,7%, em linha com as expectativas do mercado. Assim, o aumento de 0,3% em relação ao ano anterior não foi nenhuma surpresa. O simples fato de a inflação estar subindo apoia o dólar, mas o aumento da inflação britânica também tende a sustentar a libra.
A inflação britânica avançou 0,2%, alcançando 3,6% em relação ao ano anterior. Entretanto, o mercado esperava que permanecesse no mesmo nível do mês anterior. Portanto, as expectativas foram superadas, e o aumento da inflação sinaliza que o Banco da Inglaterra, assim como o FOMC, provavelmente não reduzirá as taxas de juros em sua próxima reunião. Considerando que a inflação no Reino Unido não apenas está subindo, mas também se aproximando da marca de 4% — o dobro da meta do BoE — acredito que a flexibilização da política monetária na Grã-Bretanha não ocorrerá até que esse indicador recue para menos de 3%. Esse cenário é bastante positivo para a libra.
Como o mercado até agora só precificou os dados de inflação dos EUA, tendo a acreditar que o padrão de onda corretiva ainda está em formação e que, no momento, o mercado está mais inclinado a vender do que a comprar, independentemente do noticiário. Assim, o instrumento pode continuar a cair mesmo diante de uma nova escalada da guerra comercial ou de dados fracos dos EUA. Entre 3 e 7 de abril, a libra chegou a cair 500 pontos-base, apesar da ausência de notícias relevantes. Em seguida, subiu rapidamente 700 pontos, retomando a formação do padrão de onda de alta. Portanto, para mim, a queda atual não parece lógica nem bem fundamentada.
O padrão de ondas do GBP/USD permanece inalterado. Estamos observando um segmento impulsivo de alta dentro da tendência. Sob a presidência de Donald Trump, os mercados podem enfrentar diversos choques e reversões capazes de impactar significativamente a configuração das ondas. No entanto, por ora, o cenário-base permanece intacto. As metas para o segmento de tendência de alta estão atualmente em torno de 1,4017, o que corresponde ao nível de 261,8% de Fibonacci da presumida onda global 2. No momento, está se formando um padrão corretivo, o qual, segundo a teoria clássica, deve consistir em três ondas.
*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.
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