Os futuros de índices acionários despencaram, e os investidores correram para ativos de proteção após Israel atacar instalações nucleares do Irã, desencadeando uma escalada significativa nas tensões no Oriente Médio. O petróleo bruto disparou 9% — o maior salto em três anos.
Os futuros do índice S&P 500 recuaram 1,6%, enquanto o índice asiático caiu 1,1%. Os títulos do Tesouro dos EUA subiram, com o rendimento dos papéis de 10 anos recuando um ponto-base, para 4,34%. O ouro se valorizou, ao passo que as criptomoedas registraram queda. Já o índice do dólar subiu 0,4% após uma baixa inicial, sustentado pela busca por moedas consideradas mais seguras, apesar das dúvidas recentes quanto à estabilidade da moeda americana.
Os bombardeios às instalações nucleares e de mísseis balísticos do Irã reacenderam o confronto entre os dois adversários, com risco de escalada para um conflito mais amplo. Embora a reação mais intensa tenha sido no mercado de petróleo, os movimentos em outros setores indicam que os investidores acompanham atentamente o desdobramento da situação — em especial, quanto tempo as tensões irão persistir e se poderão se agravar.
O episódio atuou como catalisador de uma reação em cadeia que teve impacto imediato nos mercados globais e no cenário geopolítico. No entanto, o golpe mais notável foi sobre o mercado de ações, que já vinha apresentando alta volatilidade. Temendo uma guerra em larga escala e a instabilidade econômica decorrente, os investidores correram para se desfazer de ativos de risco — agora vistos como particularmente vulneráveis.
"Estamos vendo movimentos clássicos de aversão ao risco", afirmou a Wilson Asset Management. "Neste momento, estamos atentos à velocidade e à abrangência da resposta de Teerã. Isso determinará a duração dos atuais movimentos de mercado. Frequentemente, essas reações perdem força após o choque inicial."
"Israel jamais permitirá que aqueles que clamam por nossa destruição adquiram os meios para alcançar esse objetivo", declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após os ataques aéreos contra a infraestrutura nuclear e militar do Irã. Israel anunciou que a operação continuará pelo tempo que for necessário para neutralizar a ameaça. O Irã, por sua vez, prometeu uma resposta severa.
